Cão Vadio |
Quando bebê, bem fofinho acreditou num mundo perfeito,
Com o tempo as bordoadas e o rabinho entre as pernas,
Vai crescendo, fazendo danações e mais bordoadas,
O rabinho entre as pernas,
E festejando com lambe, lambe a mão que da bordoada,
Abanando o rabinho para o maltrato,
Imaginando ser a vida assim mesmo,
Encontra um benfeitor que dá carinho, amizade,
em seguida o abandono,
Ai vira cão vadio,
Com os vadios também abandonados,
Com o passar do tempo que nada perdoa,
Os vadios abandonados partiram um a um,
e agora,
É seguir feito cão vadio,
E quando enxerga um conterrâneo na rua,
Se desespera abanando o rabinho e querendo levar pra casa,
Não suporta ver o abandono dos seus,
Sai correndo, fica deprê, por nada poder fazer
a não ser abanar o rabinho,
Quando o viralatinha interno percebe que vai passear,
Fica todo faceiro abanando o rabinho,
Até a deprê vai embora, entra em êxtase
Sai lampeiro por ai a passear,
esquece até o abandono, rebola de prazer,
Até voltar para a toca, com o rabinho entre as pernas,
e perceber que nada mudou,
Então deita o esqueleto e tenta o repouso,
até um novo dia...
Sou cão vira lata, sem dono, sem patrão,sozinho no mundo
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