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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Triste.

Muito triste
Fico pensando sem entender que lavagem cerebral é essa que fizeram na humanidade, afinal parece que é a humanidade inteira a se esfalfar nessa festança maluca de passagem de ano, numa histeria coletiva, quero entender qual é a satisfação de ver fogos pipocando nos ares, qual o sabor de tanta destruição, o que vejo são as aves dos ares, os animais terrestres e quiça os dos mares num desatino total, enlouquecidos com o barulho enlouquecedor, muitos perdem suas vidas num ataque cardíaco tamanho pavor, sem contar nos recursos queimados que talvez fossem mais úteis em seus lares, quando não são queimados, mutilados por esses horríveis fogos de artifícios.

Eu pobre mortal que sou fico a deriva, pois não sou capaz de compactuar com festas assim destrutivas, meus anseios são os sons da natureza, a paz do silencio que encanta a alma, a contemplação do universo que fascina meus olhos.

A maioria não sabe sequer o sentido do novo ano, apenas um ciclo no universo, coisa corriquera e normal, ainda são tão desligados que esquecem que é horário de verão e o ano inicia-se apenas uma hora após a chamada virada, pobres mortais, tão iludidos, tão teleguiados pela mídia que deve ser teleguiada por algo que desconheço.

E seguem, na comemoração tresloucada, quando no outro dia tudo será da mesma maneira, apenas com os bolsos vazios resultado da louca gastança desmedida.

Mas viva a humanidade teleguiada.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Extase

Puro extase
Que paixão é essa que invadiu minha vida,
Que paixão é essa que faz meu coração rejuvenescer,
Que paixão é essa que me faz voltar no tempo,
Que paixão é essa que surgiu em minha vida,



Que paixão é essa que enfeita meus dias,
Que me faz ficar embevecida,
Presença só virtual, mais que normal,
Invade a alma até o extase,
Puro extase,
Sentimento indescritível,
Invade e explode na alma,
Fazendo de meus dias
Um eterno paraiso.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Vitrolinha Portátil

Bailinhos de garagem
Inicio anos 70 tinha um sonho, possuir um toca discos, sempre amei música, mas a grana curta não oportunizava ter um aparelho desses.

Trabalhando em Lojas Americanas, um grande sonho, onde consegui abandonar a profissão de costureira industrial, que me tumultuava os miolos a ponto de fantasiar ser outra coisa e fazer de minhas fantasias uma verdade absoluta, na minha cabeça.

Trabalhando em empresa multinacional, era a glória, tendo todos os benefícios que uma empresa assim proporciona, um belo dia fizeram um sorteio do seguro de vida e fui premiada com CR$ 480,00, o felicidade, como meu salário era para ajudar a família, que sempre coloquei em primeiro lugar, que amei do fundo do meu coração e tudo fiz para que tivessem o melhor, mas com esse dinheirinho extra consegui comprar minha vitrolinha, tinham duas acessíveis, uma da Philips que era melhor e mais cara e outra da Delta mais em conta, fiquei com a Delta e assim pude comprar um LP vinil do Bee gees e ainda sobrar um dinheirinho para ajudar em casa.

Grandes emoções ela me proporcionou, muitos bailinhos nas garagens dos amigos e em minha própria garagem e casa, muitos anos ela nos acompanhou, eu e minha turma, ia pelas ruas encontrava meu grande amor por acaso e o levava para bailar em casa, armava o bailinho na hora, o felicidade, o sonho, fui comprando mais alguns discos e minha vitrolinha nunca falhou, os bailinhos sempre um sucesso.

Com a chegada dos sobrinhos continuou fazendo sucesso era tudo bem divertido, a garotada e a vitrolinha, uma vez um dos sobrinhos sentou no prato de tocar discos e quebrou a pobre, berrei com ele que ficou com os olhos piscando duro de medo, mesmo assim falou: ta doida, mas em seguida o abracei e disse que não teria importância que iria consertar, então o danado voltou a sentar, ele queria simplesmente rodar no prato como se fosse um disco.

Passado todo esse tempo e a primeira sobrinha me fez lembrar essa vitrolinha que por muito tempo acompanhou minha vida, e quis saber seu paradeiro, diz ter saudade das musicas que nela ouviu na época, bons tempos, belos dias, isso mesmo, Roberto Carlos e suas canções.

A vitrolinha acompanhou meus dias então sem o prato, conectei nela meu aparelho de ouvir musicas com fone de ouvido e funcionava como caixa de som, até que meus cães herdados fizeram farofa dela, puxaram os fios de todos os modos até destruição total e assim chegou seu fim.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Embate

Um
Dois seres se encontram
e se tornam um,
Como se fossem essência única,
Unem suas vidas, ganham asas

 
Dois em um
E se transportam a outro mundo,
Mas era mentira,
Tudo mentira,
O sonho se transformou em pesadelo,
Uma vida se desintegrou,
Enquanto um subiu,
Com o apoio do outro,
Que já estava lá,
Após a subida,

No abismo jogou o outro,



Que quase sucumbiu,

Usando de todas as energias
Possíveis e impossíveis,
Se manteve erguida,
Sua essência não perdeu,
Mas os cacos voaram,
Sumiram peças do quebra cabeças,
Onde foram parar,
Não se sabe,
Numa vontade férrea,
Vem fazendo a subida,
Os obstáculos, um a um transpondo
Mas a vida foi roubada,
Os sonhos desfeitos,
A carreira interrompida,
A família perdida,
Agora só e só busca seu lugar destruído,
Chegará,
Com alguns remendos,
E a consciência intacta.
Há elementos para derrubar o outro,
Mas como destruir sua cria?
Que precisou de muletas,literalmente,
Bem próximo está do dia do embate,
Ele chegará,
Com certeza...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Poeira cósmica


Ser
Me fizeram ser carne,
Me fizeram ser gente,
Me fizeram com sentimentos profundos,
Das entranhas captaram o DNA
De antigos ancestrais,
E assim me tornaram carne, gente,
Busco nas profundezas do ser,
Para que ser,
Ser carne, ser gente,
Ser bebe, criança, jovem, adulto,
Transgredir, iludir, servir,

Crescer e morrer,
Ser belo, ser velho,
E partir,
Para integrar a natureza,
Feito poeira cósmica,
Se tornar parte do todo,
Ficar no ar, no vento, na chuva, 
No mar,
Na atmosfera bela,
Quiça um dia
Tudo se entrelace,
Tudo se misture,
E num assombroso milagre,
Se torne gente,
Novamente...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Canto do encanto


Canto do encanto
Longos dias fugidios,
Tudo pairando no ar,
Como se nunca chegar,
Espera desnorteante
Sem saber onde pisar,
As idéias vem e vão,

Não encontram solução,
Beija flor a encantar,
Para fascinar a alma
Borboletas a sugar,
Fugir de tal imagem, como?
Abacaxis se materializando,
Hortelã do chá da mesa


Dia a dia
Como deixar tudo isso,
Sidreira para acalmar
e seguir no desespero,
Tendo de esperar...
Mangericão a perfumar,

Cebolinha no aroma,
Coração a trepidar,
Buscar a calma,
Objetivo total...
Em outro quintal,
Será...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Choro da alma

Unidos
Tentando a calma, do alvoroço da alma,
Tentando entender os reveses dessa existencia,
Sem nada entender, minha alma chora,
Entes queridos, fugidos, distantes,
Assombroso destino que nos persegue,
Tanto fazemos e nada temos,
Tanto tentamos,
Chegamos perto
E tudo escoa pelo vão dos dedos,

No momento,
Tudo que desejo é uma noticia,
Uma noticia que acalme a alma,
Que possa sumir com a solidão,
Solidão da incompreensão,
Da distancia que assola e desola,
Inerte perante os acontecimentos,
Sem saber onde buscar,
alívio da alma
Minha alma chora...