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domingo, 17 de junho de 2012

Saudade

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Vinte anos de saudade a explodir em meu peito,
Vinte anos sem ver um familiar,
Vinte anos cuidando dos cães abandonados em minha companhia,
Por quem deveria cuidar de mim, de nós, dos cães comprados e abandonados,
Não há um momento de arrependimento,
A labuta foi de titãs,
Tiveram imensa prole,
Doados e devolvidos,
Assumi a maior parte,
Até o momento em que os vasectomisei,
E assim findou a dinastia,
Nascer para que, para serem abandonados,
A toda sorte de maldades e maltratos, por humanos desumanos,
Assisti até ao ultimo suspiro de cada um,
Sem medir esforços para prolongar seus dias,
Em fim, o destino se cumpriu,
Um a um partiu e partiu meu coração.
Nesse ano consegui visitar meus familiares,
Foi bom e foi ruim,
Após tanto tempo esperava ver meus irmãos bem,
Tal não aconteceu, como eu,
Descartados,
É a vida, não se pode tudo.
O caminho sonhado não foi o caminho trilhado,
Daqui para a frente, fazer tudo diferente.
Driblar o destino e assumir o comando de nossas vidas. 

1 comentário:

  1. Mano partiu, partiu meu coração, não sei se em vão, mas partiu, não sei se porque quiz ou se chegou a hora, não sei...

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